Se me posso divertir a dizer porcaria, então que me seja feita essa vontade.
Venho de ver dramatizar, e acho que é caso para tanto, ou mais até. Estou com a minha chávena de chá a ver as últimas de Heart of Gold, com Neil Young a cantar uma das suas masterpieces (ou perto) e deparo-me com a realidade cartesiana do cogito, por de momento, não dar mais que isso. E naquele estado me quedo, a pensar, talvez já a ultrapassar a fronteira meu entendimento, o zombar de dois jovens para com uma pessoa, que pela febre dos pistons ou pelo simples facto de lhe deixarem no testamento tais genes, usa babete aos 40 e está aprisionado numa cadeira, que se encontrava na plateia. Bem que a minha inflamação ficou encarcerada no meu bom senso, o que me coibiu de tudo, excepto de arrancar a ideia de que é o mundo que os tem na mão, e não vice versa, como, provavelmente, pensam. Por mais que deixe passar, a falta de chá cria-me aquela sensação de quando nos aparece uma borbulha acniosa na cara no dia em que temos de impressionar uma rapariga, deixando de fora o intelecto. E não, não quero que, de todo, seja estériotipado como paulas bobones. Mas deixa-me perturbado.
1º Pelo respeito de que padecemos todos.
2º O facto de o terem levado para os bretões (especialmente quem o fez), me deixar completamente sem norte.
3º Porque a minha chávena está vazia e vou para a cama sem acabar de ver o filme.
(não, drogas não é comigo nem para mim)
Para relembrar os hipotéticos tempos de infância.
Devendra Banhart - Feel just like a child
(boas influências do sexytympanum)