"Não é uma instituição, não o precisa de ser sequer, é um lugar sem definição aparente onde expressamos o que gostamos ou não. Não cedemos a pressões, não somos pagos para dizer bem de certas e determinadas coisas (por enquanto), e não damos primazia à musica portuguesa para dar sensação de um nacionalismo não existente. Retratamos o nosso ponto de vista tal como ele é. Esférico e com uma bolinha no meio."

segunda-feira, abril 23, 2007

1970 (Retrato)


















Um contraste acabado de sair do forno que foi hoje o dia, já nos finais de Abril perto do 25, que em 1970 ainda longe ia.

Uma salva para JP Simões.




Image Hosted by ImageShack.us
Image Hosted by ImageShack.us

quarta-feira, abril 18, 2007

Creamfields e muito calor!

Não param de surgir novos nomes todos os dias para os Festivais que se avizinham para o Verão deste ano, que começa a mostrar os seus primeiros dias de muito calor. Falemos do primeiro Creamfields em Portugal, Criatividade, Independência, Natureza, Comunidade, Limites e Experiência, é o conceito do Festival que se realiza em Lisboa no próximo dia 19 de Maio. Este é mais um Festival que põe Portugal como um dos melhores palcos na europa, e que tem vindo a trazer mais umas Espanholas, Italianas e Francesas até a este pedaço de terra perdido, confundido com Espanha. Portugal está a evoluir a olhos vistos, já não somos bons apenas no Futebol, agora também nos vamos safando durante 3 meses na música graças aos Festivais de Verão (apesar da maioria ser organizado por empresas estrangeiras).
Apenas um dia mas sem dúvida muito intenso, basta confirmar no cartaz (Fechado e Confirmado) que ficou bem jeitoso com as bandas e Dj's que irão actuar, destaques para:
Prodigy Placebo Digitalism 2 ManyDJs Soulwax Spektrum Who Made Who Tiefschwarz WrayGunn


segunda-feira, abril 16, 2007

ERRATA! (não nosso)


O "jornal de notícias" já desmentiu, a notícia felizmente é falsa, mas assustou muito boa gente. O artigo dava conta, que a banda Canadiana “Arcade Fire” tinha cancelado o concerto para o SBSR mas parece não ser minimamente verdade. Desfeito este pequeno erro (ou manobra de markting) pelo Jornal, os fãs podem ficar descansados, que a sua actuação continua confirmadíssima para o dia 3 de Julho em cabeça de cartaz.

sábado, abril 14, 2007

Misstress barbara

Fiquem com a muito feminina Dj misstress Barbara, é Italiana, e vive no Canadá e é presença assídua nos grandes festivais Tecnho no mundo.


sexta-feira, abril 13, 2007

CONFIRMADO: Super Bock é mesmo Super Rock


É oficial, está confirmado, feito saber pelas fontes mais (fide)dignas possivel.
Apesar de terem o nome em alusão a radio e televisão, é bem ao vivo que dia 5, sim o mesmo dos Interpol, os Tv on the Radio nos vão trazer, directamente de perto da Big Apple, Return to the Cookie Mountain. Mas não temam aqueles que não gostam de roqueiros pseudo post-punk ou de misturas tribais com guitarra à mistura, pois há vozes soprano em estruturas massivas na ementa também. São, sem mais rumores, os Gossip que também dia 5 irão pisar o palco, com músicas como Standing in the Way of Control e Coal to Diamonds .
Dão-se, então, por concluidas as hostilidades por aqueles lados cujo patrocinio de cerveja virou indie.

Cardápio do 13º Super Bock Super Rock

28 de Junho
Metallica
Stone Sour
Joe Satriani
Mastodon
Blood Brothers
More Than a Thousand
Men Eater

03 de Julho
Arcade Fire
Bloc Party
Klaxons
The Magic Numbers
The Gift
Bunnyranch

04 de Julho
The Jesus and Mary Chain
LCD Soundsystem
Maximo Park
The Rapture
Clap Your Hands Say Yeah
Linda Martini
Mundo Cão

05 de Julho
Underworld
Interpol
Scissor Sisters
TV on The Radio
The Gossip
X-Wife
Micro Audio Waves
Anselmo Ralph

Mas até lá, muita sinfonia internacional percorrerá este pais, cujos interpretes são, entre outros, Joanna Newsom, Dave Mathews Band, Marillion, Scissor Sisters, Aimee Mann, Coco Rosie Patrick Wolf, Lydia Lunch, Bloc Party e os anciãos The Who e Rolling Stones.

quarta-feira, abril 11, 2007

Wraygunn no Creamfields, com Shangri-La

A 18 de Maio estes senhores animam as hostes no Creamfields e, na volta, apresantam "Shangri-La", o novo álbum que sairá para Abril-Maio. Que se apressem então..

Deste álbum ainda só se conhece She's a Go Go Dancer e aqui vem abaixo anexada. Enjoy

Myspace
Site Oficial

terça-feira, abril 10, 2007

#8 Dark Side of the Moon (1973)



Se há álbuns intemporais, já de alguns aqui falei, este é O álbum intemporal.
Uns consideram-no a mastepiece dos Floyd, outros a pérola dos anos 70. Mas entre bajulices e critérios algo verdes, é, realmente, muito difícil descrever Dark Side of The Moon com menos do que um extenso rolo de adjectivos.


Podemos pegar em Money, escutar a famosa orquestração de máquinas registradoras, e chamar Waters de megalómano, mas, na realidade, é Wright que assume aqui a posição de irreverente, ao trazer do mundo do comércio o que se assemelha a uma inspiração divina. Aliás, aqui começamos a ver Gilmour a olear a máquina, salvo seja. Vê-se com clareza a sua sublime mão nos solos de Time, Money e Any Colour You Like. Mas embora Gilmour tivesse vestido o avental e começado a limar as arestas deste conturbado grupo, Waters não se deixou subjugar, e escreveu, escreveu, e escreveu muito bem.


Money, its a gas.

Grab that cash with both hands and make a stash.

New car, caviar, four star daydream,

Think Ill buy me a football team.


Nesta altura ainda Abramovich andava a brincar com Action Man's, mas, verdade seja dita, Waters sempre teve uma costela de visionário.
Embora se fale de ganância e inveja, Syd Barrett é de novo "ressuscitado" em Brain Damage. Ao ouvir-se the lunatic is in my head e depois um riso algo alarve, apenas se pode imaginar que ainda muito LSD deveria por ali andar a escorrer pelas veias.


Mas se começa calma e harmonicamente, com um claro apelo à vida, alguém tinha que assumir o papel dos Beatles, estes 43 minutos de abstracção do mundo terminam com um ofegante e emocional eclipse de emoções, como se do fim do mundo se tratasse, dando para uma profunda retrospecção de que este álbum é. Uma fusão de saxofones, backing vocals a fazer lembrar uma qualquer Ella e aquele primor de misturas electronicas de pintar um forte rubor na cara de James Murphy, tudo isto misturado com o baixo e palavrado de Waters e a garganta de Gilmour.


Mas desenganem-se aqueles que pensam que as 741 semanas no Billboard qualquer coisa dos States desgastaram este colosso. Ao fim de 34 anos está actualizado e recomenda-se, dando uma valente tareia a Ok Computer's e Funeral's dos novos tempos.Ainda é saboroso pensar que este album não é apenas um cliché para um mínimo de cultura musical contemporânea. É antes um prazer. De qualquer prisma, até do lado mais sombrio da lua.

Time


Money


Any Colour You Like

sábado, abril 07, 2007

GOOSE

Goose é uma banda belga formada por 4 integrantes: Bert, Mick, Tom, Dave. O facto de Dave ter tocado dois anos com os soulwax, explica de certa maneira o porquê de "Goose" ser tão bom.
O mais recente álbum intitula-se de "Bring it On" (2006), que já cedeu músicas a alguns espaços comerciais; neste álbum a mistura da Electrónica com o Rock é bastante bem conseguida pelo quarteto Belga. A montanha russa de ritmos deixam qualquer um a bater o pé. Contagiante e viciante espera-se assim a continuação deste projecto.

quinta-feira, abril 05, 2007

White Stripes no Alive!

Sem ser a avantajada curiosidade por assistir a Pearl Jam e Beastie Boys, pouco me me identificava com o cartaz apresentado até agora do Alive!.
Assim, a confirmação de White Stripes no dito evento, provocou-me uma excitantíssima sensação, seguida de uma triste queda na consciência. É óptimo saber que Portugal recebe por cá tantas bandas de renome, e este ano parece-me que estará bem preenchidinho. Mas põe-se sempre o senão, a termos monetários e este 2007 promete levar-me todos os trocos que tenho nos bolsos!
De qualquer das maneiras por cá os receberemos com agrado.

Fiquem então com a Seven Nation Army que soa muito melhor nas mãos deles.

terça-feira, abril 03, 2007

#7 Obscured by Clouds (1972)



Não é por experiência própria, evidentemente, que digo que difícil deve ser estar entre dois colossos da história, colossos esse chamados Meddle e Dark Side of the Moon. Já para não falar na excelsa qualidade e quantidade de chef d’œuvre que saíram da fornalha, em 1972. Entre muitos, sublinharia o tão medíocre quanto insignificante The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars do mestre Bowie, o indelével Pink Moon de Nick Drake ou até Exile on Main Street dos Stones. Mas por entre a poeira levantada por tais cavalares lançamentos, aparece, tal e qual um D. Sebastião vindo do nevoeiro para nos salvar da miséria, um álbum baseado numa banda sonora de um desconhecido filme francês.

Basicamente, Mason e companheiros, ainda com o peso na consciência por não terem ajudado Kubrick nesse brilhante filme que é A Clockwork Orange, doam Obscured By Clouds ao desbarato, pensar-se-á à primeira. Mas, na realidade, foi a Barbet Schroeder, que já More tinha realizado, que os Floyd emprestaram mais uma vez a sua veia musical. Deste álbum saiu algo temperamental, exótico, mas sem sair muito das guidelines deixadas pelo sucesso em Meddle. Se é bem verdade que não tem uma Echoes, compensa essa falta com Absolutely Curtains, um musica feita à medida do filme, sem dúvida, mas com uma beleza extrema, sendo arrepiante, sobretudo ao acabar. Por outro lado há Burning Bridges, mais uma canção de ressaca, mais um hino ao passado, de Syd Barrett, do LSD e do psicadelismo.

Mas nota-se o quão poderoso o ecletismo deste álbum pode ser ao mudarmos da faixa Mudmen, estilo (pesti)lento, parado, mais Gilmour, mais Meddle, mais distorção, não só de guitarras, mas de sintetizadores, baixos e latidos caninos também, para uma qualquer Free Tour, onde impera um violento pop, fazendo lembrar Bike, no seu estilo frenético e despachado, ou caso mudarmos para The Gold It's In The ..., puro Rock n’ Roll indomesticável, mas de proveitoso deleite. Fala-se em Rock n’ Roll, portanto não consigo nem quero deixar de frisar When You’re In. Aqui vejo, nada mais nada menos que uns The Who de Who’s Next. Talvez pela irrequieta guitarra, ou será pelo piano trocó-passo? De qualquer maneira, aposto boa parte do meu fígado e uma pequena percentagem do meu rim direito em como Daltrey e Entwistle ouviram com bastante atenção esta música. Isso, ou eu estarei a delirar. Sim, é sem dúvida, o mais provável.

Não foi certamente em dias enublados que esta reunião de originais foi escrita. É um bom aperitivo para aquele que por muitos é considerado o melhor álbum de sempre. E não é injustamente, de todo, que esse álbum assim é aclamado.

Mudmen

domingo, abril 01, 2007

#6 Meddle (1971)


Foi então, assim do meio do nada, que surgiu Meddle, o primeiro álbum que afasta inequivocamente os Floyd de Barrett. Se Atom Mother Heart era assíncrono, inconstante, e mentalmente instável, Meddle é precisamente o contrário, harmonioso, melódico e faustoso. Foi no dia 30 de Outubro de 1971 que começou a era de sucesso dos Floyd, como os conhecemos em Final Cut ou Animals.

Começa com Waters a dar asas ao seu baixo e com um monstruoso "one of these days, I'm going to chop you into little pieces" da parte de Nick Mason, acabando com Echoes, umas das mais inspiradas criações de Gilmour, Waters, Mason e Wright. Mas não é só a ameaças de morte e baralhos de sonar que este álbum se resume. Pelo meio temos uma espécie de holiday song, mhmmmm...uma pré derivação de Here Comes Your Man desse brilhante Doolitle de Frank Black e companhia, dos anos 70, com San Tropez. É engraçado, lembrando esta música e Seamus, como os Floyd conseguem meter um piano burlesco e glamoroso, a fazer lembrar os cabarés dos 50's, e uma brilhante mistura de Folk, Country e Blues, ao nível de uns quaisquer Dylans ou Springsteens, rodeada de latidos de cães, no mesmo álbum em que aparecem composições no mínimo psicadélicas e sobre amor, como Echoes e Fearless o são. Sim, em Pillow of Winds, Waters fala das suas mágoas e azares, enquanto que em Fearless, trata-se de isso mesmo. Do medo.

Mas é sem receio algum que afirmo que este é um dos meus álbuns preferidos dos Floyd, sobretudo devido aos quase 24 minutos de abstracção do mundo, da vida, que Echoes me lisonjeia com e, claro, com os cânticos de uma claque cuja identidade eu desconheço, no final de Fearless.
Echoes (Live at Pompeii)
One of These Days I'm Going to Chop You into Little Pieces (Live at Pompeii)

CSS no Paredes de Coura

Pensei em desacreditar no Paredes de Coura, com o Exmo. Sr. Cartaz que o Super Bock Super Rock nos faz crer ver. É de perder a cabeça com um alinhamento destes:


3 Julho: Arcade Fire, Bloc Party, Klaxons, Magic Numbers, The Gift e Bunnyranch.
4 Julho: Jesus And Mary Chain, Maximo Park, LCD Soundsystem, The Rapture, Clap Your Hands Say Yeah, Linda Martini e Mundo Cão.
5 Julho: Underworld, Interpol, Scissor Sisters e X-Wife.

Pois bem, a confirmação dos CSS no Paredes de Coura (dia 15 de Agosto), dos quais já não esperava visita a não ser na Lux nesse dia 4 de Abril, fez-me acreditar que por aí virá um remoinho de tesourinhos (não deprimentes, mas incandescentes) não tão populares como as que o SBSR nos oferece, mas talvez com o mesmo (ou quase) nível destas.
É bom sonhar com uns White Stripes, uns TV on The Radio, uns Of Montreal, um Patrick Wolf ou até mesmo uns The Rakes!; e, com esta promissora confirmação dos brasileiros, meto um "Porque não?" ao (meu) desejo.
Aguardemos então por um Paredes bem servido, porque a esperança não é pequena...

Arctic Monkeys em Portugal

Já todos sabem. Eles lançam Favourite Worst Nightmare neste Abril, e apresentam-no por cá a 18 de Junho no Coliseu dos Recreios. O single Brianstorm já paira por todos os lados desta Internet mas mais uma vez aqui vai ele. Espero por um muito bom álbum destes meninos.

Brianstorm


PODES OPINAR AQUI!